12 fevereiro 2007

Bodas!!

Bodas de acetona?Hélio???!!!rs
O tempo é mais relativo do que Eisntein supunha...ve-se logo que ele naoera fetichista..rsrrs
Um mês pode não parecer muito para um relacioamento baulhilhesco, na faculdade, no trabalho.... Talvez seja muito faltando um mês p suas férias...isso é.rs
Mas de forma geral não é muito mesmo, desde que você não esteja na minha ponta do chicote, de joelhos e sentindo os olhos do Dono...mas isso é de uma relatividade que aqui não cabe...rs.
Enfim, um mês para um relacionamento é muito pouco tempo.
E ainda que dos poetas e operadores do mercado financeiro se escute toda sorte de lamentos sobre a brevidade da vida, ponderemos que ainda me faltam 51 anos e onze meses para recém completar Bodas de Argila e isso me parece um tanto quanto desumano.
A tabela de bodas é, depois do assessor parlamentar e dos três tipos de pimentão, a invenção mais cretina do planeta.
Seu autor, de certo, era um entusiasta da solteirice e liberdade e dos livros do James C. Hunter, ainda que não se faça preciso ser ordinário seguindo essa mesma ordem.
A começar que não existe bodas de um mês, período extremamente delicado, do qual se depende todo o sucesso da relação.
O primeiro mês - sabem os casados e os submissos (rs) - é um período de profundas transformações.
É quanto à esposa, talvez pelo fato de estar se adaptando à idéia de ser chamada de esposa, desenvolve uma obsessão crônica por armários, gavetas e prateleiras. Mudanças sobretudo no mobiliário da casa. Tudo gira em torno de uma acomodação digna para livros, roupas, sapatos, objetos de decoração e utensílios domésticos.
E quanto à submissa, talvez pelo fato de ser chamada de serva, desenvolve uma obsessão crônica por ficar horas sentada na frente do PC à espera do Mestre, com o celular constantemente por perto, pendurado até na torneira da banheira, no espelhinho retrovisor do carro, na luz da cadeira do dentista ou gentilmente adormecido na cabeceira da cama (pelo menos até o momento que toca, porque ai ele, com toda certeza, cai e é aquele estrago...subs sabem do que falo..rs).
Nós, subs, sabemos que o primeiro mes é o mais cheio de desecobertas.
Por exemplo: Já no primeiro mês descobrimos que deveriamos ter feito “Tablado” e trabalharmos na Globo porque viramos experts em dar respostas, com ar Blasé, para explicar porque nos, antigos baladeiros(as) oficiais da turma, arroz-de-festa-tá-em-todas de repente, e não mais que de repente, nos sentimos indispostos, cansados, tivemos uma semana difícil ou apenas nos sentimos tristes porque lembramos daquele cachorrinhu (cachorro?? Aiiii que saudades do Dono... rs) “Chuvisco”, que morreu quando tinhamos quatro anos e freqüentavamos a creche do Coelhinho Feliz.^^.
Tudo gira em torno do Dono.
Você já não é mais uma criança, de modo que não faz mais sentido que faça birra e biquinhu para poder ter o que deseja e também pelo fato de que isso seria arriscado sobremaneira para sua pele, tão bem cuidada e sedosa até hoje...rs
Num mundo perfeito, o cumprimento dos primeiros trinta dias deveria ser celebrado com bodas de cerveja.
Dois meses, bodas de Você-tem-razão-a-voz-do-Cauby-até-que-não-é-muito-chata.
Seis meses seriam bodas de Pode-comer-pingo-d´ouro-na-cama mas traga a “terrina”.
Dez meses, lógico, seriam comemorados em grande estilo, com bodas de Tudo-bem-eu-vou-sozinha-para-a-festa-de-sexta-na-belinha e prometo seguir a cartilha (também porque a Belinha deda..rs).
Mas, como o mundo não é perfeito, espera-se um ano inteiro para comemorar Bodas de Papel.
Com que ânimo os Baunilhas vão se produzir todos, reservar restaurante caro e violinistas, comprar lingeries sacanas, jóias cafonas e spray à base de chantilly para comemorar Bodas de Papel?
Pelo menos nesse quesito nós, submissos, somos poupados...Rs. Afinal como diz um querido amigo meu: “Escrava de coleira esta vestida até demais...” rs. E quanto a todo o resto...depois de um ano o que faltará experimentar certamente não será chantilly..rs
Os anos seguintes também não inspiram grandes eventos para nenhum relacionamento. Dois anos, Bodas de Algodão.
Sete, Latão! - o que talvez explique a crise. Não existe relação que atravesse intacto as Bodas de Latão. Nem desdenhar dos flatos em público acusa ser tão perigoso ao relacionamento quanto passar sete anos juntos para descobrir que se está comemorando Bodas de Latão.
E quando você completa uma década ao lado do eleito, cento e vinte meses de prestações ininterruptas, eis que o sacana das bodas lhe dá duas opções: ou Estanho ou Zinco. Dez anos de relacionamento para festejar e o cretino não se dá sequer ao trabalho de desviar a falta de criatividade da tabela periódica.
A impressão que dá é que a lista das primeiras décadas de bodas foi elaborada justamente para provar a disposição do casal. Que a paixão, para ser verdadeira e duradoura, tem que superar o ridículo, ano após ano - e que o ridículo é bem mais longo do que se supunha.
Cada novo cumprimento de calendário é brindado com referências do tipo: Cretone, Zircão, Palha, Pinho, Crizo.
É como se alguém caçoasse: "Achou que seria fácil completar Bodas de Heliotrópio (49 anos), hein? Aposto que não chega nem até as Bodas de Alabastro (46)". É muito difícil. Não estimula.
Isso explica por que o Fábio Júnior e o Nicola Giordano não conseguem ficar sequer uma semana com alguém em um relacionamento estável...Rsrsrs.
*Livremente adaptado de um texto de Fernando de Castro.

Nenhum comentário: